vida de leitor

Leituras de junho 2021

Este foi um mês de boas leituras, não como maio, mas leituras importantes. Muitos clássicos, reencontro com escritores que há muito eu não lia, descoberta de novos autores e muitas leituras de trabalho.

  1. Primeiras histórias – Clarice Lispector (Rocco, 2016): Primeira coletânea de contos da autora, que fazem parte do livro em edição especial, com todos os contos de Clarice. Essa primeira parte foi um deleite para mim. Várias narrativas conversaram bastante comigo e me fizeram refletir sobre muitas coisas da vida.
  2. Memorial de Maria Moura – Rachel de Queiroz (José Olympio, 2021): Esse livro foi a minha grande surpresa do ano. Tinha lido até o momento O quinze da autora e não tinha gostado tanto. Memorial de Maria Moura traz uma desconstrução do homem do final do século XIX e o empoderamento de uma mulher, que age como os homens agiam e ainda agem atualmente. Épico e fundamental para os amantes da boa literatura.
  3. As meninas – Lygia Fagundes Telles (Cia das Letras, 2009): Primeiro romance da autora que leio. No começo, não estava gostando muito, porém, a partir do terceiro capítulo, acostumamos com a narrativa e com as vozes das meninas e a leitura flui bem. O final é arrebatador.
  4. O quarto de Giovanni – James Baldwin (Cia das Letras, 2016): Leitura Coletiva com a Mell Ferraz do Literature-se e foi uma experiência muito interessante. Gostei do livro, mas não amei como esperava amar. As opiniões e colocações da Mell e dos participantes da LC ajudaram muito na compreensão da obra.
  5. Um jogador – Fiódor Dostoievsky (Editora 34, 2011): Primeira leitura do projeto da Aline Aimee Consciência e Absurdo ou Lendo Dostoievsky no seu bicentenário. Gostei demais desse romance, ele tem partes bem engraçadas e personagens interessantes, com diálogos ácidos, bem no estilo do autor.
  6. O senhor das moscas – Willian Golding (Alfaguara, 2014): Clássico do autor que aborda a selvageria presente dentro de todos nós. As discussões propostas pelo escritor são interessantes, principalmente pelo fato de utilizar crianças como protagonistas.
  7. O assassinato de Roger Ackroyd – Agatha Christie (Editora Globo, 2014): Romance policial da rainha do crime, apresentando mais um caso de Poirot, com uma construção de personagens e de escrita fantástica. A autora utiliza muito bem os recursos da linguagem para confundir o leitor e surpreende-lo no final.
  8. Os meninos da Rua Paulo – Ferenc Molnár (Cia das Letras, 2017): Romance infanto-juvenil do escritor húngaro, traduzido majestosamente por Paulo Rónai, traz a história clássica de um grupo de garotos que formam uma sociedade para defender um território onde podem jogar pela. Uma bela alegoria da pureza da infância com a guerra.
  9. A terceira vida de Grange Copeland – Alice Walker (José Olympio, 2020): Um dos livros mais brutais que li nos últimos tempos. A autora vai narrar uma história sobre o ciclo da violência, advindo da escravidão. A ambientação do romance é perfeita, os personagens são muito complexos e o texto de Walker é fenomenal e potente. Ela coloca o leitor dentro da história e deixa o questionamento: e agora? O que você vai fazer com isso?

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